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16/03/2015 - Captados órgãos de paciente com morte cerebral pós AVC

A Comissão Intra Hospitalar de Transplantes da Santa Casa de Araçatuba  realizou no sábado, da captação de órgãos de paciente que sofreu morte cerebral pós Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico. Foram retiradas as duas córneas, os dois rins e o fígado. O coração e os pulmões não foram retirados por se tratar de um doador com mais de 50 anos.
 
De acordo com as informações do Hospital de Base de Rio Preto, para onde os órgãos foram enviados, os rins foram transplantados ontem, domingo. Porém não foi divulgada a identificação do paciente receptor.
 
O doador  foi  o  paciente  José Pereira de Matos, 55 anos, que residia em um Assentamento Primavera, Bairro Terceira Aliança, Mirandópolis. Ele sofreu um Acidente Vascular Cerebral Hemorrágico ), no inicio da noite de  9 de março. Foi levado inicialmente para o Hospital das Clínicas de Mirandópolis. Devido a gravidade do quadro, foi removido no dia seguinte para a Santa Casa de Araçatuba, na mesma data, já em quadro clinico gravíssimo. 
 
Apesar do tratamento intensivo recebido, o quadro clinico agravou e o  paciente entrou em quadro de morte cerebral. A família foi comunicada e autorizou  a realização da sequência de testes necessários ( veja abaixo) à confirmação da morte encefálica.
Os testes foram iniciados  na quinta-feira.  A morte encefálica foi constatada  no final da manhã de sábado.
 
Comunicada sobre o resultado, a família autorizou  a retirada de órgãos destinados à doação.
 
A Central Nacional de  Transplante foi informada e enviou para Araçatuba os cirurgiões Luiz Francisco Iarruda Zani  e Guilherme  Vasconcelos Silveira que retiraram os rins e fígado. As córneas foram retiradas pelo enfermeiro Matheus Araújo Tonon, da equipe da Santa Casa de Araçatuba e integrante da Comissão Intra hospitalar  de Transplantes.
 
O paciente doador era casado, pai de um filho de 33 anos e avô de dois netos.
 
  
Protocolo para a retirada
Os exames clínicos para confirmar a morte encefálica são: a arteriografia cerebral, que vai mostrar a ausência de fluxo sanguíneo para o cérebro; a cintilografia cerebral que vai mostrar a ausência de captação do radiofarmaco do cérebro, indicando a ausência de perfusão e o eletroencefalograma, que vai mostrar a ausência total de atividade elétrica no cérebro. Um desses três exames em conjunto com o exame clínico já é suficiente, conforme a resolução do CFM (Conselho Federal de Medicina), para se fazer o diagnóstico de morte cerebral.
 
 

 

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