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09/05/2016 - Mutirão de Cirurgia Pediátrica procura antecipar atendimento

 
Pelo décimo ano, a Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica desenvolveu o Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança. Neste ano, a iniciativa teve a adesão de 21 hospitais de sete estados e do Distrito Federal. No Estado de São Paulo foram sete hospitais, entre os quais a Santa Casa de Araçatuba, onde foi mobilizada equipe com aproximadamente 20 pessoas, sob coordenação dos cirurgiões pediátricos Aimar Garcia Sanches e Adriana Oliva Hebeler. Foram programadas 10 cirurgias, mas até as 10h30, tinham comparecido nove pacientes.
 
Como há limite de 15 cirurgias eletivas por mês, há uma longa fila de espera. O mutirão permite agilizar o atendimento, pois novos casos de cirurgias eletivas poderão ser atendidos no decorrer do mês, reduzindo a fila. As cirurgias de emergências são feitas normalmente.
 
Segundo o cirurgião pediátrico Aimar Sanches Garcia, para o mutirão de cirurgias eletivas são selecionados pacientes entre 3 e 10 anos e que estejam há algum tempo na fila. Além disso, são marcadas as cirurgias menos complexas, cujos pacientes podem deixar o hospital no mesmo dia. Geralmente são cirurgias do trato urinário (a mais comum é a fimose) e do trato gastrointestinal (hérnia). A fila de cirurgias eletivas é de aproximadamente 60 crianças-pacientes.
 
O cirurgião Aimar Sanches disse que o mutirão é desenvolvido uma vez por ano, sempre na véspera do Dia das Mães. No mutirão de ontem, já dentro da área do centro cirúrgico, as mães acompanhavam ansiosas o procedimento com os filhos. Elas os acompanhavam até a sala de cirurgia. Após o procedimento anestésico, as mães se retiravam para o ato cirúrgico. Depois, novamente ficavam ao lado dos filhos. De acordo com o cirurgião, a presença materna dá mais tranquilidade à criança, até a anestesia e quando acordam. 
 
Na sala de espera, dois garotos de comportamento bem diferentes. David Francisco Machado Neto, de sete anos, residente em Guararapes, estava quieto. A mãe, Carla Karina da Silva, que tem mais uma filha de três anos, disse que esperava a cirurgia há cinco anos. Ela era um misto de alegria, por conseguir fazer a cirurgia do filho e de apreensão. O garoto por diversas vezes se agarrava à mãe, como em busca de proteção. Os idealizadores do mutirão não poderiam ter escolhido data melhor. Véspera do Dias Mães. Os sentimentos estão mais presentes.
 
O outro garoto, Daniel Alves Pereira, de cinco anos, não parava. Como estava em jejum, ele não resistiu à presença de jornalistas e pediu uma banana. Estava com fome. Em meio a uma careta de brincadeira, um abraço apertado na mãe, a funcionária pública de Valparaíso, Janice Alves Pereira. Ela disse que o único filho esperava a cirurgia por dois anos. Estava apreensiva e muito feliz, elogiando a iniciativa do mutirão. Ela não tinha condições de arcar com os curtos da cirurgia. Os dois meninos fizeram cirurgia de fimose.
 
TRABALHO
Para desenvolvimento do mutirão o trabalho começou a aproximadamente dois meses, movimentando vários setores da Santa Casa. Ontem, o trabalho envolveu aproximadamente 20 funcionários entre médicos, acadêmicos de medicina, instrumentadores e equipe do centro cirúrgico. Há um trabalho integrado para oferecer o melhor serviço aos pacientes.
Cada procedimento cirúrgico demorou aproximadamente 40 minutos. Os pacientes ficaram algumas 
 
Antônio Crispim
O Liberal Regional
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