01/10/2014 - No Brasil, câncer de mama atinge 156 mulheres/ dia
O Outubro Rosa, mês de conscientização e combate do câncer de mama, começa nesta quarta-feira (1º) e busca alertar a população feminina sobre os riscos e a necessidade de diagnóstico precoce deste tipo de tumor, que é o segundo mais recorrente no mundo, perdendo apenas para o de pele.
No Brasil, estimativas do Inca (Instituto Nacional de Câncer), indicam que a doença será responsável por 57.120 novos casos até o fim deste ano, representando 156 diagnósticos por dia. Em relação ao ano de 2012, são 4.440 a mais da doeça. Para o mastologista José Luiz Bevilacqua, chefe de mastologia do A.C. Camargo Cancer Center, dentre as razões para o aumento da incidência está a adoção do novo estilo de vida das mulheres.
- Algumas escolhas femininas podem justificar os novos números, entre elas, maternidade tardia [depois dos 30 anos], não ter filhos, consumo de bebida alcoólica, má alimentação que leva ao sobrepeso e obesidade e sedentarismo.
Além desses fatores de risco, o médico acrescenta que mulheres com história familiar de câncer de mama, especialmente se uma ou mais parentes de primeiro grau (mãe ou irmãs) foram acometidas antes dos 50 anos, apresentam mais chances de desenvolver a doença.
- Neste caso, dependendo da avaliação do especialista, os exames para rastreamento devem começar dez anos antes do caso mais jovem na família. Caso a mulher não tenha histórico familiar, a mamografia deve ser iniciada a partir dos 40 anos.
Como o número de casos aumenta de forma acelerada após os 50 anos, Bevilacqua chama a atenção para o diagnóstico precoce, que resulta em mais chances de cura.
- Se detectado na fase inicial, as chances de cura são de 90% a 99%. Nos estágios mais avançados da doença, elas caem para 40% a 50%.
De acordo com o Inca, a taxa de mortalidade continua elevada, muito provavelmente porque a doença é diagnosticada em fases avançadas. Projeção da OMS (Organização Mundial da Saúde) mostra 27 milhões de novos casos de câncer para o ano de 2030 em todo o mundo e 17 milhões de mortes pela doença. Segundo o órgão, os países em desenvolvimento serão os mais afetados, entre eles o Brasil.