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11/05/2015 - Santa Casa realiza mutirão de cirurgias pediátricas

 Crianças entre 2 e 7 anos passaram por cirurgias para correção de hérnia e fimose, além de uma Orquidopexia (cirurgia para colocação do testículo no saco escrotal), totalizando oito procedimentos, durante o IX Mutirão Nacional de Cirurgia da Criança, realizado sábado (8/5), na Santa Casa de Araçatuba. 

O evento é anual e realizado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediátrica, com apoio de centenas de hospitais do país, dentre os quais a Santa Casa de Araçatuba, que é referência da especialidade para Araçatuba e 40 municípios da região.
 
As cirurgias foram iniciadas as 8h00 e concluídas por volta das 14h00. Após permanecerem em observação pós-cirúrgica, as crianças foram liberadas.• Os procedimentos foram realizados pelos cirurgiões Aimar Garcia Sanches e  Adriana Oliva  Hebeler; o anestesista Antonio Melucci  que integraram duas equipes  formados por enfermeiros, auxiliares e instrumentadores. 
 
O objetivo do mutirão é reduzir a fila por demanda de cirurgias da especialidade. A Santa Casa de Araçatuba realiza em média 15 cirurgias por mês. O teto financeiro especial disponibilizado para o mutirão desse ano fará a fila andar mais depressa. O cirurgião pediátrico Aimar Sanches calcula que até julho todas as cirurgias já agendadas serão realizadas.
 
Fim da espera
Os pacientes operados estavam na fila de espera em períodos que variam de quatro meses a um ano. I.R de 7 anos, por exemplo, aguarda há um ano, a oportunidade para retirar uma hérnia localizada no baixo abdome.  A mãe dele, Ivânia dos Reis ficou feliz quando o filho foi chamado para entrar no mutirão de cirurgias. “É muito triste ver um filho com um problema de saúde e a gente não ter como resolver”. Residente em Juritis, distrito do município de Glicério, Ivânia contou que a hérnia foi detectada quando o menino tinha três meses, mas a cirurgia só foi indicada há um ano, durante uma consulta em um serviço de especialidades médicas.
 
P.N, 3 anos, era o mais falante dos pequenos pacientes. Ele foi um dos primeiros a ser operado e quando estava na sala de recuperação, dizia que queria “ir embora logo para casa, porque é ruim ficar no hospital”. E emendou: “mas, o médico foi bonzinho”.
O menino também foi operado para retirada de uma hérnia.  Sua mãe Sara Silva do Nascimento informou que ele ficou quatro meses na fila de espera. O problema foi detectado quando ao passar a mão no baixo abdome do filho, notou um pequeno caroço. O diagnóstico e a indicação para cirurgia ocorreram durante uma consulta em unidade de especialidades médicas.
 
Sociedade Brasileira
 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Pediatria, a iniciativa traz benefícios imediatos a crianças e adolescentes que aguardam por pequenas cirurgias, como fimose, hérnia umbilical e outras que podem ser feitas em ambulatórios e dispensam internação. O mutirão cria espaço na agenda das instituições hospitalares, principalmente de unidades da rede pública, para as cirurgias mais complexas e para os novos casos, que têm o tempo de espera abreviado.
 
Em 2014, foram beneficiadas 628 crianças, em 12 Estados e no Distrito Federal, envolvendo 28 serviços, como são chamados os grupos de cirurgiões e outros profissionais necessários para os procedimentos. Outro aspecto positivo é proporcionar a união dos cirurgiões pediátricos em torno de uma causa humana e solidária, apresentando à sociedade resultados práticos dos serviços desses especialistas para a saúde de crianças e adolescentes.
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