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06/12/2016 - Cross: a evolução que garante atendimento e salva vidas

 A imagem de ambulâncias de serviços regionais chegando ao hospital para tentar conseguir vaga para pacientes, na maioria dos casos, graves, pertence ao passado. Agora, enquanto o médico socorrista ou assistencialista se ocupa em estabilizar um paciente grave de qualquer uma das 40 cidades para as quais a Santa Casa de Araçatuba é referência em alta complexidade, uma rede silenciosa, porém altamente eficiente, entra em ação para encontrar os recursos que o hospital de origem não possui.
 
Trata-se da Central de Regulação de Oferta de Serviços de Saúde (Cross), um serviço coordenado pela Secretaria Estadual de Saúde para promover a articulação e integração de centrais de urgência, internações, consultas e serviços de apoio diagnóstico terapêutico.
 
Para acioná-lo, basta que o médico solicitante insira o histórico do paciente em questão, no canal da Central da Cross, que analisará, através de um médico regulador, as características do quadro clínico, localizará o hospital com os recursos necessários que estiver mais próximo e orientará sobre a estrutura necessária a uma remoção segura. Quando o paciente chega ao destino, toda estrutura hospitalar já está preparada para acolhê-lo.
 
A Santa Casa de Araçatuba está integrada a esta rede que mantém todos os hospitais de média e alta complexidades do Estado de São Paulo conectados através de uma plataforma na internet.  A estrutura, considerada pela coordenação estadual como um dos núcleos reguladores com alta resolutividade para os pacientes, em decorrência da rapidez e eficiência na operacionalização das solicitações encaminhadas, é um dos avanços na gestão do hospital.
 
O Núcleo Regulador da Santa Casa de Araçatuba atua em três vertentes: internação em leitos especiais, como de UTIs, por exemplo; urgência e emergência; e ambulatorial e cirúrgico .  Nas  de Urgências e Emergências, por exemplo, atua com três médicos reguladores e enfermeiros disponíveis em turnos que garantem atendimento 24 horas. Autoriza a transferência em média de 400 casos por mês.
 
As especialidades com maior demanda são: neurologia e neurocirurgia, cardiologia (com fluxo predominante para hemodinâmica, especialidade que realiza diagnóstico por cateterismo e tratamentos como angioplastia), ortopedia e traumatologia; obstetrícia de alto risco; e neonatologia. Destacam-se também cirurgias de alta complexidade, tais como cardíacas, torácicas, pediátricas, vasculares e buco-maxilo-faciais.
 
Além destas especialidades, o Núcleo também regula atendimentos de média complexidade, como cirurgias abdominais e algumas variações da cirurgia ortopédica para pacientes de Auriflama, Guararapes e Valparaíso, para as quais a Santa Casa de Araçatuba  é referência de alta e média complexidades.
 
Em 52% dos casos atendidos pelo serviço de regulação, as avaliações realizadas por especialistas indicam a necessidade de internação para tratamento. Os demais 48% utilizam a estrutura de avaliação (médicos e exames de alta complexidade) e retornam ao hospital de origem com indicações e orientações para o tratamento.Se posteriormente houver necessidade, estes pacientes podem ser reencaminhados, também via Cross, ao Ambulatório de Especialidades Médicas da Santa Casa de Araçatuba, para uma nova etapa de tratamento.
 
O médico Rafael Saad, que atua na equipe de avaliadores do Núcleo Interno de Regulação de Urgência e Emergência da Santa Casa de Araçatuba, não tem dúvidas em apontar o sistema como um fator que salva vidas, pois garante a qualidade de atendimento que o caso requer.  Segundo ele, a modalidade praticamente baniu a prática de se tentar uma vaga diretamente na porta do hospital, comum em tempos passados e que gerava risco para os pacientes, transtornos para os hospitais e sobrecarga em áreas específicas do sistema de atendimento.
 
“Ao organizar o fluxo de pacientes e a utilização dos leitos, a Cross conseguiu racionalizar os recursos hospitalares, garantir a atenção médica, a estrutura de ponta e o bom atendimento de que o paciente está precisando”, afirmou. “Ao mesmo tempo, extinguiu a prática de cada hospital tomar sua própria conduta, fator que sobrecarregava algumas áreas e, muitas vezes, tornava ociosa outras modalidades para as quais somos pactuados pelo DRS (Departamento Regional de Saúde II)”, completou o médico.
 
 
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