Pesquisa desenvolvida no Instituto Dante Pazzanese de Cardiologia, órgão ligado a Secretaria de Estado da Saúde, mapeou pela primeira vez na história os genes ativos no processo de infarto cardíaco. Dos vinte e cinco genes identificados no momento do infarto pela pesquisa, oito deles são grandes candidatos a serem aplicados na rotina laboratorial, melhorando o diagnostico dos pacientes.
Em parceria com a Universidade de São Paulo, Universidade de Santiago de Compostela, Instituto Ludwig e Instituto Príncipe Felipe de Valença a pesquisa mapeou 10 homens que sofreram infarto, com idade entre 35 e 65 anos, e seis pessoas saudáveis. Dos dez pacientes com infarto pesquisados, cinco estavam sofrendo o primeiro infarto e outros cinco estavam com o problema pela segunda vez.
A conclusão dos pesquisadores ao cruzar os dados dos dois grupos foi que a rede de genes ativadas no processo é diferente nos dois casos. “Todos os dados dessa pesquisa são surpreendentes. Mas, o fato da rede de genes envolvidas no primeiro infarto ser diferente da rede de genes envolvida no segundo infarto é uma notícia inédita para a comunidade científica, e com essa informação poderemos melhorar muito o tratamento a essa patologia”, afirma o cardiologista e coordenador do Laboratório de Biologia Molecular do Instituto Dante Pazzanese, Marcelo Sampaio.
Custeado também pela FAPESP e CAPES o estudo recebeu uma verba de R$ 300 mil e deve estar totalmente concluído até o ano de 2010.
Para o orientador do projeto e colaborador das pesquisas desenvolvidas no Instituto Dante Pazzanese, professor Mário Hirata, “as informações coletadas a partir dessa pesquisa são extremamente importantes porque contribuirão para que, no futuro, o tratamento desses pacientes seja totalmente individualizado, e as medicações sejam dadas conforme o perfil genético de cada pessoa”, conclui.
Assessoria de Imprensa- Secretaria da Saúde