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11/12/2009 - Hospital trata problema renal de forma não invasiva

Crises decorrentes de cálculos renais correspondem a aproximadamente 30% dos atendimentos em clínicas urológicas. Em serviços de urgência e emergência, como o que funciona na Santa Casa de Araçatuba, também é expressivo o atendimento de pacientes com cólica renal, um dos principais sintomas dos cálculos renais, chamado popularmente de “pedras nos rins”. A cólica renal ocorre quando o cálculo migra dos rins para o ureter, causando obstrução da drenagem da urina produzida pelo rim, provocando a dilatação do órgão e suspensão ou redução do fluxo urinário do mesmo.

Após as crises que são pontuadas por dor extremamente forte, os pacientes recebem indicação para tratar a causa do problema. Os pacientes do SUS (Sistema Único de Saúde) de Araçatuba e dos 42 municípios da região, por exemplo, dispõem de um serviço exclusivo oferecido pela Santa Casa de Araçatuba. Trata-se do Centro Regional de Urologia que funciona no térreo do hospital e é coordenado pelos urologistas Antônio Rubens Lima de Castro, José do Carmo Gaspar Sartori, Marco Antônio Hirasaki, Ricardo Barreto e Rubens Luiz Villela. A unidade realiza a litotripsia extracorpórea, um tratamento não invasivo que utiliza ondas de choque que “bombardeiam” as pedras, visando a fragmentação do cálculo, tornando mais fácil sua eliminação pela urina.

Na maioria dos casos, o método evita a necessidade de realização de cirurgia para retirada dos cálculos. O procedimento é realizado através do aparelho de litrotripsia da marca israelense Direx, que equilibra ondas eletrohidráulicas e dispensa contato com o corpo do paciente. O “bombardeio” das pedras é feito através da transmissão de ondas de choque. Para a localização exata das pedras e disparar essas ondas, o urologista utiliza imagens geradas por um aparelho de raio X, transmitidas, para a tela de um computador, que faz acompanhamento durante o tratamento. “De uma forma geral, a litrotripsia possibilita a fragmentação de aproximadamente 80% dos cálculos que estão nos rins, e uma grande porcentagem de cálculos localizados nas vias urinárias. È evidente que o tamanho do cálculo e seu “grau de dureza” interfere no resultado”, explica o urologista José do Carmo Gaspar Sartori.

Com uma média mensal de 60 procedimentos, Sartori considera que o funcionamento do Centro de Urologia na Santa Casa de Araçatuba, amplia as opções de atendimento, fator importante a um hospital de alta complexidade e de atuação regionalizada. “Por outro lado, realizar este tipo de tratamento em um hospital que possui a estrutura tecnológica da Santa Casa, oferece mais segurança para os pacientes e para os profissionais que realizam o procedimento. Embora em 12 anos de atendimento nunca registramos nenhum problema ocorrido durante a litotripsia, é importante saber que podemos contar com uma boa estrutura hospitalar”, define o urologista.

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