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22/05/2009 - Hospital entra na Campanha de Sobrevivência à Sepse

A Santa Casa de Araçatuba é um dos hospitais brasileiros que aderiram à Surviving Sepsis Campaign (Campanha de Sobrevivência à Sepse). Trata-se de um esforço mundial, cuja meta é atingir nos próximos cinco anos, a redução em 25% do risco relativo de óbito em septicemia. O programa é coordenado pelo Instituto Latino Americano para Estudos da Sepse (ILAS) e já conta com as adesões de importantes centros de atendimento, dentre os quais, Hospital São Paulo/Unifesp, Hospital Israelita Albert Einstein e Hospital Beneficência Portuguesa.

A entrada da Santa Casa foi oficializada pelo médico Adriano Pereira, que é preceptor do programa de residência médica em Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Albert Einstein.  Ele ministrou treinamento inicial aos profissionais que atuam em Unidades de Terapia Intensiva, Urgência e Emergência, Fisioterapia, Farmácia e Coordenações.

O programa será gerenciado pelo Serviço de Clínica Médica e Terapia Intensiva da Santa Casa de Araçatuba

O médico intensivista Fábio Bombarda, coordenador do programa na Santa Casa de Araçatuba, explica que além da meta de redução do risco relativo a óbito por sepse, a Surviving Sepsis Campaign, possibilitará outros avanços ao hospital, como por exemplo, a redução do tempo de internação, redução dos custos do tratamento e retorno mais precoce do paciente as suas atividades habituais. “O programa, também oferecerá ao hospital um novo diferencial nas atividades médicas e de enfermagem”, afirma Bombarda.

Padronização

A proposta do programa é padronizar dentre os hospitais participantes, condutas de atendimento e tratamento de pacientes com septicemia. “Esse programa vai nos ajudar a identificar melhor esses pacientes, fazer um diagnóstico mais rápido já no pronto socorro, uniformizar as condutas em UTIs e em todas as áreas de procedimentos do hospital além de monitorar todo o tratamento e os resultados”, explica o médico Fábio Bombarda

Após a alta ou óbito do paciente, a Santa Casa terá de enviar os protocolos relativos ao tratamento à coordenação do programa, em São Paulo. A cada dois ou três meses, a coordenação enviará gráficos sobre o desempenho do hospital, a identificação de acertos e falhas e as formas de corrigi-las.

”Além disso, receberemos comparativos em relação às condutas praticadas por hospitais de várias regiões do país e do mundo. Ou seja, teremos exemplos sobre condutas e resultados obtidos para um paciente de Nova York e de Araçatuba; os tipos de mortalidade comuns as duas cidades, e a conduta das equipes médica e paramédica de ambos os centros”, detalha o coordenador da Campanha de Sobrevivência a Sepse, em Araçatuba.

Treinamento
O treinamento acontecerá na regional de Araçatuba da Associação Paulista de Medicina. Serão três reuniões: capacitação e revisão sobre Sepse, que terá duração de duas horas e certificará os participantes (médicos e enfermeiras das UTIs e Pronto Socorro da Santa Casa); reunião com médicos, enfermeiros, chefias de serviço e representantes da administração do hospital, sobre a logística necessária à implantação do programa; e reunião sobre o impacto social causada pela Sepse.

As aulas e reuniões serão ministradas pelo médico Adriano Pereira, preceptor do programa de residência Médica em Terapia Intensiva do Hospital Israelita Albert Einstein.  Doutorando na Faculdade de Medicina da USP, o médico atua como intensivista no Instituto do Câncer de São Paulo e membro do Instituto Latino Americano para o Estudo da Sepese (ILAS).


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