A meningite é uma doença grave e endêmica (doença que existe constantemente em determinado lugar) que pode afetar pessoas de qualquer idade e é causada por diversos agentes infecciosos como bactérias, vírus, parasitas e fungos.

As meningites bacterianas são, do ponto de vista clínico, as mais graves. Para o Ministério da Saúde, a doença meningocócica (causada pela Neisseria meningitidis), pela magnitude, gravidade e potencial de ocasionar surtos e epidemias, apresenta maior importância em saúde pública. As meningites assépticas (sem infecção) podem se expressar por meio de surtos, porém com pouca gravidade.

Os principais agentes bacterianos causadores de meningite são: Neisseria meningitidis (Meningococo), Streptococcus pneumoniae, Mycobacterium tuberculosis, Haemophilus influenzae. As meningites virais são representadas principalmente pelos enterovírus.

Todas merecem atenção e cuidados específicos para cada tipo de agente. Para se ter uma ideia, em Araçatuba, em 2009, foram registrados 37 casos de meningites (sendo 19 virais, 13 outras bactérias, duas pneumocócicas, duas meningocócicas, uma meningococcemia), e quatro pessoas morreram (sendo uma por meningite viral, uma bacteriana, uma meningocócica e uma meningococcemia). Em 2008, foram 45 casos, e nove mortes (22 casos virais; 18 bacterianas, com quatro mortes; três pneumocócicas, com três mortes; e duas meningocócicas, com duas mortes).

Os casos atendidos na Santa Casa de Araçatuba  são acompanhados  pelo Núcleo de Vigilância Epidemiológica Hospitalar,criado em 2007.

Toda atenção é necessário porque a transmissão é de pessoa a pessoa, através das vias respiratórias, por gotículas e secreções da nasofaringe. Ou seja, é facilmente transmissível.

O grupo etário mais vulnerável são as crianças menores de cinco anos de idade, mas as crianças menores de um ano e adultos maiores de 60 anos são mais suscetíveis à doença. Recém-nascidos raramente adoecem, em virtude da proteção conferida pelos anticorpos maternos. Essa imunidade vai declinando até os três meses de idade, com o consequente aumento da susceptibilidade.

Em relação à meningite pneumocócica, idosos e indivíduos portadores de quadros crônicos ou de doenças imunossupressoras apresentam maior risco de adoecimento. Crianças acima de nove meses e/ou adulto com febre, cefaléia, vômitos, rigidez de nuca, sinais de irritação meníngea, convulsão, sufusões hemorrágicas (petéquias) e torpor, devem procurar o médico para analisar a suspeita da doença. Em crianças abaixo de nove meses é importante observar também irritabilidade (choro persistente) ou abaulamento de fontanela (“moleira” alta).

Vacinas
Duas vacinas contra diferentes tipos de meningite entraram no calendário de vacinação este ano. No mês de  março, crianças menores de dois anos receberam a pneumo 10 valente (que protege contra meningites, pneumonias, sinusite, inflamações no ouvido, bacteremia). Em agosto, a vacina contra meningococo estará disponível.

Atualmente, duas vacinas já são ministradas dentro do calendário básico de vacinação da criança: a BCG, que protege contra formas graves de tuberculose, incluindo meningite tuberculosa, e a Tetravalente (DTP + HIB): HIB haemophilus Influenza tipo B.