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25/06/2013 - Na mídia:Ame fará novo exame auditivo em agosto

Folha da Região de  Araçatuba

por: Raiany Guimarães
Foto: Valdivo Pereira
 
Pacientes do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) de Araçatuba poderão contar, a partir de agosto, com um exame de última geração para identificar problemas auditivos quando os testes tradicionais não são suficientes. A novidade também vai ajudar no diagnóstico de pessoas que não são capazes de colaborar com o exame, como crianças pequenas e portadores de deficiência mental.
O Bera (Brainstem Electric Responses Audiometry) ou, em português, Audiometria de Tronco Cerebral, é capaz de avaliar a saúde do nervo auditivo e a percepção dos sons pelo cérebro. "O exame mostra um registro da atividade elétrica da via auditiva até o sistema nervoso central", explica Fernanda Martins, fonoaudióloga da equipe do AME.
O aparelho custou R$ 60 mil, foi comprado com verbas do próprio ambulatório e está sendo montado. A meta é que, a partir de agosto, sejam realizados de cinco a dez exames por semana. Atualmente existe uma fila de espera de 200 pacientes, que estão passando por análise para identificar quem precisa ser sedado durante o teste, pois para fazer o exame é preciso ficar imóvel. Por isso, portadores de deficiência mental e crianças recebem anestesia.  
O novo aparelho vai completar o leque de tecnologias disponíveis no AME de Araçatuba, que já realiza testes de impedanciometria (que avalia as condições do tímpano e dos pequeninos ossos que existem dentro do ouvido médio) e a audiometria, que mede a capacidade de audição. 
 
Fala
 
Além da avaliação auditiva, o serviço de fonoaudiologia do AME também realiza exames para identificar problemas de fala e realiza o encaminhamento para o tratamento adequado. É o caso do pequeno Caio Fernades Costas, de apenas um ano e dez meses. O menino chegou à unidade de saúde após uma cirurgia de palatoplastia (correção do céu da boca), no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais, mais conhecido como Centrinho de Bauru. "As crianças que nascem com o palato aberto têm dificuldade na fala e na alimentação", explica a responsável pelo setor de avaliação de linguagem, a fonoaudióloga Tereza Aparecida Maria Bernardi Barboza.
 
Em quatro sessões, Caio já mostrou uma evolução, afirma a médica."Estamos fazendo uma avaliação para saber qual tratamento ele deve seguir. Percebemos uma grande evolução até agora", conta a especialista. Nas atividades desenvolvidas para avaliar o menino, a fonoaudióloga usa brinquedos para estimular a fala do paciente. "O Caio está trabalhando alguns sons que foram comprometidos pela cirurgia. Usamos brinquedos como carros e animais para que ele aprenda os fonemas", revela a especialista. A médica ressalta que no ambulatório é realizada a avaliação. Após esse procedimento, o paciente é encaminhado à Unidade Básica de Saúde mais perto de casa.
 
Entre os pacientes há pessoas de todas as idades, desde bebês que não conseguem engolir direito até idosos que sofreram AVC (Acidente Vascular Cerebral), porém, o maior público é formado por crianças da faixa etária dos 8 aos 12 anos, em idade escolar. "A maioria dos pacientes são crianças em idade escolar que apresentam dificuldades na hora da leitura e escrita. Por isso, os pais precisam ficar atentos aos os filhos nesta faixa etária", alerta a especialista.
 
Para ser atendido no AME é necessário que o paciente seja agendado pela UBS (Unidade Básica Saúde) mais próxima de casa. Cabe aos funcionários das UBS a responsabilidade  de marcar as consultas e exames oferecidos.  O  comprovante do agendamento será entregue  ao paciente com data, horário da consulta ou exame e o endereço do AME. Colaborou Patrícia Machado
 
 
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