O uso de novas drogas que aliviam os sintomas durante tratamentos quimioterápicos foi um dos avanços apresentados durante o Simpósio Internacional de Câncer de Mama para Oncologista Clínico, realizado em São Paulo nos dias 13 e 14 deste mês.
Boa parte das medicações apresentadas, já é utilizada na Santa Casa de Araçatuba, onde o câncer de mama representa aproximadamente 40% dentre os pacientes tratados.
Para o oncologista clínico Bruno Guilherme Kersten, que atua no Centro de Oncologia do hospital e participou do Simpósio, as medicações são utilizadas em terapias monoclonais (utilização de drogas capazes de reconhecer e eliminar apenas as células cancerosas), com bons resultados clínicos, como por exemplo, “melhor resposta do paciente ao tratamento e aumento da sobretaxa de vida”.
Ao destacar a importância destes resultados uma unidade que a exemplo do Centro de Tratamento Oncológico da Santa Casa é referência em alta complexidade para uma região formada por 21 municípios, Kersten informou que as terapias monoclonais melhoram a qualidade de vida do paciente durante o tratamento e dispensam internações, pois o procedimento é realizado em ambulatório.
Formado pela Fundação Tecnológica Educacional Souza Marques (Rio de Janeiro) e residência de oncologia clínica na Fundação Dr. Amaral de Carvalho, em Jau, o oncologista Bruno Kersten afirma que o Simpósio apresentou avanços que resultantes de pesquisas realizadas em todo o mundo visando humanização nos tratamentos de câncer e a oportunidade “de saber que estamos fazendo isso corretamente”.
Neste simpósio, houve a participação de 4 convidados internacionais (Antonio C. Wolff, Ingrid A. Mayer, Ana Maria Gonzalez-Ângulo e Ricardo Fonseca) que trabalham em centros de pesquisa internacionais e trouxeram as últimas descobertas e novidades da oncologia, possibilitando alinhamento entre o que se pratica fora do País com a medicina brasileira.