Dra. Priscila: São inúmeras as causas de queda de cabelo: podemos dividir em causas internas e externas. As internas incluem alterações nutricionais, hormonais, genéticas e inflamações em couro cabeludo. Dentre as causas externas, temos as causadas por nós mesmos, como agressões ao pentearmos, tratamentos químicos, como alisamentos e colorações, e outras como alterações do dia a dia, tais como poluição, sol, etc.
 

A anemia é uma das mais comuns causa de queda, causada por uma alimentação deficiente em alimentos com ferro. Para combatê-la é importante comer muita carne (especialmente o fígado), feijão, grão de bico, lentilha, ervilha, cereais integrais, brócolis, couve, nozes e castanhas, açúcar mascavo, etc. Também importante salientar que alimentos ricos em vitamina C, tais com laranja, kiwi, acerola, abacaxi, aumentam a absorção de ferro pelo organismo. Outra causa muito comum e que geralmente o dermatologista é quem faz o diagnóstico através da queda de cabelos, são as alterações de tireóide. Infecções, dietas radicais, febre, cirurgias, estresse e alguns medicamentos também estão entre as causas.
 

Dra. Priscila: Podemos dizer que a queda de cabelo só é diferente na causa genética. No restante é igual para ambos. Na mulher, a calvície começa com a perda de fios após a puberdade e o couro cabeludo vai se tornando mais evidente e o cabelo vai ficando mais ralinho no decorrer dos anos. No homem, a calvície pode se iniciar mais precocemente. Ocorrem as “entradas” e avança até a parte superior do couro cabeludo e novos fios nascem mais fininhos.
 

Para saber quais os principais indícios da perda capilar, temos que observar o grau de intensidade:
 

Grau I - O primeiro sinal é um afinamento do cabelo, em geral na parte anterior e superior da cabeça. No começo parece que a risca do penteado vai ficando mais alargada, até que se percebe a redução do volume e um crescimento lento do cabelo;

Grau II - Depois, uma rarefação acentuada, cria-se uma espécie de transparência, permitindo que se veja o couro cabeludo através do cabelo;

Grau III - Os fios ficam finíssimos, frágeis, quebradiços e mais claros. Nesse estágio, a calvície já está instalada. A linha de cabelo rente à testa é geralmente poupada, assim como o cabelo da região posterior, acima da nuca, por serem menos suscetíveis à ação hormonal. Na linha anterior, a enzima aromatase ajuda a proteger o cabelo da ação hormonal.
 

Dra. Priscila: As pessoas perdem cerca de 100 fios/dia. Esse número é normal, desde que haja reposição dos fios. Temos fase que caem mais e outras que caem menos. Seria dificultoso ficar contando quantos caem por dia. O importante é estar atento para aumentos na quantidade que cai, tornando a nos preocupar se os fios começarem a se acumular no ralo do chuveiro, na escova, nas roupas ou no travesseiro.
 

Dra. Priscila: Certas práticas, como pentear ou escovar os fios muito molhados, aceleram a perda dos cabelos. O fio molhado pode até ser mais fácil de desembaraçar, mas por outro lado já está com a elasticidade máxima, oferecendo maior facilidade de rompimento e extração da haste. Evitar a oleosidade e a dermatite seborreica (caspa) também ajuda, lavando sempre com frequência. Deve-se evitar dormir com os cabelos molhados, o que aumenta a proliferação de fungos e obstrução dos poros.
 

Dra. Priscila: Uma dieta equilibrada com proteínas, ferro, vitaminas do complexo B e C, E e A, são muito importante para a saúde do cabelo. Deve-se ingerir grande quantidade de carnes magras em especial peixes, pela sua ação antioxidante. Através de uma indicação pelo dermatologista pode ainda ser feita uma suplementação com biotina (vitamina do complexo B), oligoelementos como o zinco, selênio e cobre, o que ajudam na constituição dos fios (daí a importância da ingestão de nozes, castanha-do-pará e amêndoas).
 

Dra. Priscila: Vai depender da causa exata, através de uma boa consulta e, sendo necessário, exames, biópsia, para a escolha do melhor tratamento, que pode ser clínico ou cirúrgico. Temos um arsenal de medicamentos específicos para a queda de cabelos, que vão desde cosméticos tópicos até medicamentos por via oral ou injetáveis (intradermoterapia ou mesoterapia), além de tratamentos com feixes de luz vermelha e infravermelha – LED, sendo ainda necessários mais estudos para comprovar eficácias.
 

Informações: 15 3521-9505 
 

*Dra. Priscila Langner é formada pela Faculdade de Medicina de Jundiaí. Residência médica em Dermatologia pela Faculdade de Medicina de Santos - UNILUS - Fundação Lusíadas. Possui título de especialista em Dermatologia pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. Especialista em Dermatologia no Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira. É membro efetivo da Sociedade Brasileira de Dermatologia - SBD - e regional de São Paulo. Membro efetivo da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica - SBCD. Membro efetivo do Grupo Brasileiro de Melanoma - GBM.