A Santa Casa de Araçatuba participou da reunião convocada pelo prefeito Dilador Borges para discutir com lideranças de setores representativos da comunidade a implantação ou não de lockdown em Araçatuba.

A instituição foi representada pelo diretor técnico Giulio Stanco Coscina Neto, a tesoureira Maria Ionice Zucon e o integrante do Conselho de Administração Juliano Tonon..

Na justificativa apresentada durante a reunião, o médico Giulio Stanco Coscina Neto fez um detalhamento da situação atual da Santa Casa:  leitos totalmente ocupados, atendimentos prestados muito acima do teto contratado pelo Secretaria Estadual de Saúde, fatores agravados pela falta de oferta de anestésicos e de oxigênio.

Esses insumos são essenciais aos tratamentos de pacientes contaminados pelo coronavírus, mas as quantidades entregues pelos fornecedores são insuficientes para atender à demanda atual.

“Mesmo com todas essas dificuldades estamos dispostos a ajudar nesse momento difícil. Temos espaço, mas dependemos de financiamento para implantar mais leitos e para atender os pacientes”, explicou o diretor técnico da Santa Casa de Araçatuba.

Desde a semana passada, a Santa Casa de Araçatuba está atendendo na totalidade dos leitos da UTI Respiratória, enfermarias de isolamento, e leitos de suporte respiratório da Unidade de Urgência e Emergência.

Sem lockdown

Ao final do encontro que reuniu também representantes do Hospital Unimed, o dirigente regional de Saúde, Rachides de Castro Júnior, o promotor de Justiça, Cláudio Rogério Ferreira, o delegado seccional de Araçatuba, Marcelo Cury, o comandante do Segundo Batalhão de Polícia Militar do Interior, Major de Polícia Militar Luís Marcelo Cunha Belluzzo, e a secretária de Saúde de Araçatuba, Carmem Silvia Guariente a proposta do lockdow não foi aprovada.

O prefeito Dilador Borges informou que a Prefeitura de Araçatuba irá apertar ainda mais a fiscalização para garantir o distanciamento social e evitar o lockdown total. De acordo com o prefeito, é preciso conscientizar e até punir quem não seguir os decretos estadual e municipal que determinam regras na pandemia para que o comércio não seja prejudicado com um fechamento total.

A cidade está em situação de dificuldade por causa do avanço dos casos de covid-19 e falta de leitos de UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) nos hospitais público e particular.

“Não é justo que o comércio pague, mais uma vez, devido à irresponsabilidade das pessoas que não entenderam, ainda, que estão colocando a própria vida e a vida de outras pessoas em risco”, disse Dilador, destacando que as normas que entraram em vigor nesta segunda-feira diminuem até a quantidade de consumidores que podem acessar a parte interior dos supermercados, além de outras restrições.