15/12/2015 - SP apura 6 suspeitas de microcefalia por zika
De 17 de novembro até 10 de dezembro, Estado teve 46 casos; São Paulo costuma registrar 40 por ano.
O governo de São Paulo investiga seis suspeitas de microcefalia que preenchem os requisitos necessários para a definição de caso ligado a infecção pelo vírus zika —transmitido pelo Aedes aegypti.
Os casos suspeitos ocorreram em Campinas, Guarulhos, Mogi-Guaçu, Ribeirão Preto, São Paulo e Sumaré.
Cinco deles são considerados autóctones, ou seja, contraídos no próprio Estado.
O caso da capital é o de uma gestante que esteve no Nordeste e chegou a São Paulo com 37 semanas de gestação, segundo a Secretaria estadual da Saúde.
De 17 de novembro até 10 de dezembro, os municípios paulistas notificaram 46 casos de microcefalia. Destes, seis são investigados por suposta relação com o vírus.
Em média, o Estado costuma registrar cerca de 40 casos por ano da má-formação.
Segundo o infectologista Marco Boulos, coordenador de Controle de Doenças da secretaria, como a microcefalia não era de notificação compulsória, os números dos anos anteriores podem ser resultado de subnotificação.
Boulos explica que os seis passar para o Aedes”, diz.
Neste ano, era esperado que o Estado enfrentasse problemas com a chikungunya, o que quase não ocorreu. “O que me parece é que este vírus [zika] tem poder de disseminação muito maior [do que o chikungunya]”, diz Boulos.
Desde o dia 17 de novembro, o ministério recomenda que gestores e profissionais de saúde notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito de microcefalia relacionado ao vírus zika. (ES)