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14/01/2016 - Santa Casa de Araçatuba fez 13 captações de órgãos em 2015

 

 Por: Sérgio Guzzi

(Política e Mais)

 

A Santa Casa de Araçatuba se consolidou, no decorrer de 2015, como uma importante unidade de referência na captação de órgãos para a realização de transplantes em outros hospitais do Estado. Foram realizadas no decorrer do ano 13 captações. Praticamente o dobro do registrado durante o período de 2008 a 2014, quando foram contabilizadas apenas sete coletas de órgãos no local.

A consolidação do hospital como referência em captação se deve à implantação de uma CIHT (Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes). Em março de 2015, o hospital passou a contar com profissionais treinados para investigar casos de morte encefálica, dentre os internados graves; notificar os familiares e entrevistá-los quanto à possibilidade de doação de órgãos; fazer a comunicação à Central Nacional de Transplantes, recepcionar equipes de outros centros médicos e acompanhar a captação de órgãos.

De acordo com relatório elaborado pela CIHT, sob coordenação do médico Rafael Saad, nas captações feitas no decorrer de 2015, foram retirados de pacientes com morte cerebral, para dar continuidade de vida a outras pessoas, 26 rins, 12 fígados e 3 corações, além de 9 córneas e ossos de dois doadores.

Foram beneficiados 50 pacientes receptores. Número que poderia ter sido maior se tivessem sido consolidadas todas as possibilidades de doações e captações registradas pelo hospital durante todo ano passado.

 

Isso porque a Santa Casa registrou no período um total de 27 mortes encefálicas e de óbitos com doações viáveis. Desse total, 13 se converteram em doações a terceiros. Em quatro casos, familiares de pacientes se recusaram a autorizar doações pelos desejos pessoais de fazerem os sepultamentos de corpos íntegros ou ficaram indecisos quanto à questão. Também foram respeitadas opções de pessoas que, em vida, manifestaram o desejo de não terem órgãos doados.

 

Já em outros 3, a Santa Casa e equipe responsável pelas captações constataram contradição médica nos diagnósticos, sendo as doações inviabilizadas devido a exames que vieram a confirmar sorologias positivas em pacientes que poderiam se tornar doadores, mas que por esta questão ficaram impedidos.

Os dados estatísticos que exaltam a importância da Santa Casa de Araçatuba na doação de órgãos ainda mostram que, dos pacientes notificados como suspeita de morte encefálica, a idade média é de 39 anos. No caso, pessoas jovens, sendo 63% delas do sexo masculino e 37% do feminino.

As informações da Comissão Intra-Hospitalar de Transplantes da Santa Casa de Araçatuba, coordenada pelo médico Rafael Saad, ainda mostram que os rins coletados no hospital foram doados e implantados em pacientes de Botucatu, Marília, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São Paulo e Sorocaba.

 

Já os fígados foram para receptores em Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos, São José do Rio Preto e São Paulo. Para a capital paulista também foram os corações. Já os ossos captados em Araçatuba foram para pacientes de Marília e as córneas, para Rio Preto.

 

http://politicaemais.com.br/santa-casa-de-aracatuba-faz-13-captacoes-de-orgaos-em-2015-e-vira-referencia-para-transplantes/

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