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10/12/2008 - Técnicas pouco invasivas corrijem colunas fraturadas por osteoporose

Pacientes idosos que sofreram fraturas vertebrais osteoporóticas (causadas pela osteoporose) na coluna já podem ser tratados através de um procedimento minimamente invasivo que dispensa anestesia geral e exige poucas horas de internação.

Trata-se da vertebroplastia, técnica percutânea, que permite ao neurocirurgião, reforçar a coluna através da aplicação de cimento ósseo nos corpos vertebrais. O procedimento é feito através da introdução de agulhas, sob monitoramento de um raio-x.

A técnica que já executada há 10 anos, no Brasil, também é indicada para tratar vértebras fraturadas devido a tumores benignos ou malignos, ou fraturas, em pacientes que tenham contra-indicação para anestesia geral e os portadores de cardiopatias graves. 


“A Vertebroplastia promove alívio quase que imediato da dor relacionada com as fraturas vertebrais”, informa o neurocirurgião Rodrigo Mendonça, coordenador do Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Araçatuba.

O especialista também destaca fatores como a qualidade de vida e prevenção. “Em vez de passar vários dias na cama, a espera de recuperação da fratura, os pacientes submetidos ao procedimento, retornam às atividades normais em poucos dias. Essa movimentação ajuda a prevenir problemas decorrentes da imobilidade na cama, como pneumonia e embolia pulmonar.

Cifoplastia


A Medicina também já oferece, através de procedimento pouco invasivo, alivio de dores através da correção e reversão da cifose (curvatura da coluna vertebral para frente, deformidade popularmente chamada de corcunda): a Cifoplastia.

O procedimento é realizado com anestesia local e consiste na introdução de um pequeno balão no interior da vértebra. Após ser insuflado através de alta pressão, o balão funciona como uma espécie de alavanca que possibilita o realinhamento fisiológico da coluna e a aplicação de cimento ósseo para sedimentação das vértebras.

A Cifoplastia também dispensa a utilização de anestesia geral e necessita de um período curto de internação do paciente. È considerada como técnica que registra taxas baixas de complicações.


A Santa Casa de Araçatuba já possui estrutura necessária para a realização da Vertebroplastia e Cifoplastia.  Os procedimentos ainda não são cobertos pelo SUS (Sistema Único de Saúde), devido ao alto custo do kit de equipamentos utilizados (em torno de R$ 15 mil). Porém, após realizar vários procedimentos de Vertebroplastia, no Hospital Cristo Redentor, em Porto Alegre (RS), durante a residência médica, Rodrigo Mendonça defende a adoção da técnica, também pelo aspecto custo beneficio para o SUS e os hospitais.

“Tanto a Vertebroplastia, quanto a Cifoplastia, reduzem o tempo de internação e quantidade de medicamentos necessários à recuperação do paciente. Além disso, as duas técnicas substituem a necessidade de cirurgias com colocação de órteses e próteses.

Serviço de Neurocirurgia completa dois anos


O Serviço de Neurologia e Neurocirurgia da Santa Casa de Araçatuba completa este mês, dois anos de atividades e comemora alguns avanços. A manutenção de plantão presencial 24 horas para atendimentos neurológicos e neurocirúrgicos de urgência e emergência, assistência aos pacientes internados e cirurgias eletivas, por exemplo, consolida o hospital, na condição de referência da especialidade.

Anteriormente, os atendimentos eram prestados sob o sistema de plantão à distância. O especialista era chamado pelo hospital para atender os casos de urgência e emergência. No entanto, surgiram novos gargalos de atendimento, decorrentes da transformação da Santa Casa em referência regional de alta complexidade. Para atender as novas demandas, o hospital precisou alterar o formato de atendimento.

Em novembro de 2006, após vários estudos efetuados pela Direção Clínica e Diretoria Administrativa, foi criado o Serviço de Neurologia e Neurocirurgia. A unidade presta atendimentos a pacientes vitimados por derrame cerebral, traumatismo craniano, traumatismo de coluna, hérnia de disco, tumores cerebrais, aneurismas, má formação vascular, entre outras.

O Corpo Clínico do hospital possui mais seis neurocirurgiões e cinco clínicos em neurocirurgia, que atuam em cirurgias eletivas.

O Serviço de Neurologia e Neurocirurgia é coordenado pelo neurocirurgião Rodrigo Mendonça, graduado pela Universidade Federal de Pelotas (RS) e com Residência Médica realizada no Hospital Cristo Redentor,de Porto Alegre (RS).

A estrutura de atendimento é composta por enfermaria e profissionais especializados, dentre os quais três neurocirurgiões. Esta equipe não é única e equipamentos de ponta, como o Tomógrafo Mult-Slice, que capta imagens em três dimensões e Ressonância Magnética de alto campo.

Em breve, essa estrutura será reforçada com a instalação de um  aparelho que realiza exames para o diagnóstico de doenças neuromusculares.

“A estrutura diagnóstica da Santa Casa de Araçatuba é própria de grandes hospitais que utilizam tecnologia de ponta”, define o neurocirurgião, Rodrigo Mendonça. Para ele, esta vantagem é otimizada porque esse instrumental funciona 24 horas, dentro do próprio hospital.

“Isto significa atendimentos mais ágeis, principalmente em urgências e emergências e segurança para os profissionais do setor”, afirma o Mendonça.

A Santa Casa de Araçatuba possui outros serviços de especialidades, clínicas e cirúrgicas: Cardiologia, Nefrologia/Hemodiálises, Oncologia e  Ginecologia e Obstetrícia.


Ambiente cirúrgico

A criação do Serviço de Neurocirurgia, também conseguiu organizar a agenda de cirurgias eletivas, que representam o maior volume dos atendimentos prestados. O setor realiza em média 300 cirurgias/ano. “Estatística idêntica ao volume de cirurgias realizadas em serviços de Residência Médica”, compara o coordenador.

As cirurgias são realizadas em sala dotada de equipamentos avançados como o Arco Cirúrgico (equipamento que permite ao médico ver a imagem, em tempo real, de onde está sendo feita a intervenção e ponto exato para posicionar uma prótese ou pino, por exemplo). A equipe de cirurgiões também dispõe de microscópio operatório e do equipamento Índice Bis Expectral, que monitora a analgesia do paciente.

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