
A Santa Casa de Araçatuba já produz 100% do oxigênio e ar medicinais utilizados nos diversos procedimentos realizados pelos setores intensivos, semi-intensivos, urgências e emergências e centro-cirúrgico. A autonomia foi obtida através da instalação da Usina Geradora de Oxigênio, que produz 27 metros cúbicos/hora de oxigênio e 300m3/h de ar medicinal. A produção é suficiente para suprir 24 horas de atendimento hospitalar.
O Oxigênio medicinal é o que gera maior demanda. Utilizado em terapias de ventilação, inalação e condução de substâncias anestésicas, o produto é disponibilizado para todas as áreas de procedimentos. As quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs cardiológica, geral, semi-intensiva e neonatal), por exemplo, consomem 45% do ar medicinal produzido pela usina. Os gases são disponibilizados através de tubulação específica e cilindros envasados pela Usina.
Totalmente automatizada, e dotada de tecnologia de ponta, a usina processa ar atmosférico captado por um compressor. Posteriormente, o ar é tratado através de separador de condensados, peneira molecular e filtros especiais, que separam o oxigênio do nitrogênio, demais gases e partículas; drena a umidade e extrai odores. O processamento realizado pela Usina de Oxigênio da Santa Casa de Araçatuba atinge 97 % de índice de purificação. Percentual 5% maior em relação aos 92% exigidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
O padrão de qualidade não é o único avanço possibilitado pela usina. A economia também é significativa: R$0,76 o metro cúbico de oxigênio produzido pelo hospital, contra R$ 5, 20, valor praticado pelo mercado, o que representa uma economia de 85,38%, por metro cúbico. A economia obtida com a produção do ar medicinal é ainda mais expressiva: 99,37%. Enquanto no mercado o metro cúbico custa R$ 8,00, na usina do hospital o custo final é de R$ 0,05.
“Estamos conseguindo produzir qualidade e economizar mais de R$ 100 mil/mês”, informa o diretor-clínico da Santa Casa de Araçatuba, Sérgio Smolentzov. Para ele, a diretoria da Santa Casa acertou ao optar pelo investimento.
Energia alternativa
O hospital também conseguiu reduzir em mais de 20 % os gastos com energia elétrica, através da substituição de energia elétrica por vapor produzido por gás liquefeito de petróleo (GLP) em aproximadamente 20% dos setores de apoio hospitalar. A energia alternativa é gerada pelo Setor de Caldeiraria. A unidade possui duas caldeiras que produzem 1.500 quilos de vapor/hora, volume suficiente para aquecer a água dos chuveiros e torneiras dos 360 leitos e garantir o funcionamento da central de esterilização, cozinha e lactário e lavanderia.
A energia elétrica é um item indispensável ao funcionamento do hospital. A demanda contratada é de 560 kW/mês. As formas alternativas para geração de energia interna possibilitaram redução de aproximadamente R$ 30 mil/mês.
Ao mesmo tempo em que utiliza tecnologia e formas alternativas para reduzir custos operacionais, a Santa Casa de Araçatuba também investiu para garantir o fornecimento ininterrupto de energia elétrica a todos os setores: uma subestação de energia com auto-suficiência para 2 mil KVAs, cuja demanda é suficiente para manter em funcionamento todos os setores do hospital.
A Santa Casa também possui gerador que assegura o fornecimento de energia em situações de emergência. O equipamento está capacitado para gerar 800 KVAs de energia, volume suficiente para garantir o funcionamento pleno do hospital por 24 horas ininterruptas.