
A Santa Casa de Araçatuba já produz 100% do oxigênio e ar medicinais utilizados nos diversos procedimentos realizados pelos setores intensivos, semi-intensivos, urgências e emergências e centro-cirúrgico.
A autonomia foi obtida através da instalação da Usina Geradora de Oxigênio, que produz 27³ metros cúbicos/hora de oxigênio e 300³ metros cúbicos/hora de ar medicinal. A produção é suficiente para suprir 24 horas de atendimento hospitalar.
Totalmente automatizada, e dotada de tecnologia de ponta, a usina processa ar atmosférico captado por um compressor. Posteriormente, o ar é tratado através de separador de condensados, peneira molecular e filtros especiais, que separam o oxigênio do nitrogênio, demais gases e partículas; drena a umidade e extrai odores.
A purificação precisa atingir os níveis mínimos (92%) exigidos pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O processamento realizado pela Usina de Oxigênio da Santa Casa de Araçatuba atinge índices superiores ao estabelecido: 97%.
Esse padrão de qualidade não é o único avanço possibilitado pela usina de processamento de gases medicinais. A economia também é significativa. No mercado convencional, o metro cúbico de oxigênio medicinal é vendido a R$ 5,20. A Usina Geradora da Santa Casa de Araçatuba conseguiu reduzir esse custo para R$ 0,76, o que representa uma economia de 85,38%, ou R$ 4,44 por metro cúbico.
A economia obtida com a produção do ar medicinal é ainda mais expressiva: 99,37%. Enquanto no mercado o metro cúbico custa R$ 8,00, na usina do hospital o custo final é de R$ 0,05.
“Estamos conseguindo produzir qualidade e economizar mais de R$ 100 mil/mês”, comemora o diretor-clínico da Santa Casa de Araçatuba, Sérgio Smolentzov. Para ele, a diretoria da Santa Casa acertou ao optar pelo investimento.
“O hospital ganhou autonomia para produzir uma ferramenta indispensável à prática da Medicina”, define o diretor clínico, que classifica como “valorização idêntica ao petróleo” os preços praticados pelo mercado de gases medicinais.
Com a Usina Geradora de Oxigênio, a Santa Casa de Araçatuba também ganhou agilidade para suprir suas demandas. A unidade funciona 24 horas/dia, período em que produz 300³ h cúbicos de ar medicinal e 27³ h metros cúbicos de oxigênio.
Essa quantidade de gases é suficiente para garantir 24 horas dos diversos procedimentos realizados pelo hospital, que tem 360 leitos e realiza 150 mil atendimentos/ano.
O Oxigênio medicinal é o que gera maior demanda. Utilizado em terapias de ventilação, inalação e condução de substâncias anestésicas, o produto é largamente utilizado pelos setores intensivo (UTIs), semi-intensivo (pós-cirúgico e clínico), centro cirúrgico, pronto-socorro e internação (clínica e cirúrgica). As quatro Unidades de Terapia Intensiva (UTIs cardiológica, geral, semi-intensiva e neonatal), por exemplo, consomem 45% do ar medicinal produzido pela usina.
Os gases chegam a todos os setores do hospital, através de tubulação específica. Além disso, a unidade envasa 70 cilindros de oxigênio/mês para atender demandas especiais, como o traslado interno e externo de pacientes que necessitam de ventilação e oxigenação artificiais.